Análise: Avantasia - Angel Of Babylon (2010)


No seguimento da nossa anterior análise a “The Wicked Symphony” que foi lançado no mesmo dia deste “Angel Of Babylon” começamos por dizer que lamentamos que existam dois álbuns em vez de um. Se existisse apenas um álbum que reunisse as melhores de cada disco, este trabalho que segundo Tobias Sammet encerra a carreira dos Avantasia, seria verdadeiramente épico e um must have para qualquer fã de rock. Mas como isto é estarmo-nos a basear meramente na suposição, começamos por dizer que este disco reúne as mesmas qualidades e defeitos de “The Wicked Symphony”. Também aqui existem músicas com uma qualidade estrema misturadas com músicas com um qualidade mais duvidosa e onde imperam os refrões fáceis e algo desinspirados.

A produção sonora é muito boa tal como são as prestações dos músicos convidados por Tobias para as guitarras e para as percussões. O baixo é assegurado por Tobias Sammet em ambos os discos.

Os convidados para as vozes continuam a ser os brilhantes Jorn Lande (Masterplan); Russel Allen (Symphony X), Michael Kiske (Helloween) e Bob Catley (Magnum). A estes nomes respeitáveis juntam-se ainda Jon Oliva (Savatage), Oliver Hartmann (At Vance) e a belíssima cantora Cloudy Yang, que tem uma importante colaboração neste álbum.

Preferimos este "Angel Of Babylon" em relação a “The Wicked Symphony”. Não que seja substancialmente superior mas sim porque, no total, tem mais músicas que nos agradaram e está mais heterogéneo.

As nossas preferências recaem na “Death Is Just A Feeling” que sendo muito original e divertida, chega a fazer-nos lembrar uma canção para um musical. Gostámos muito de “Blowing Out The Flame” que é uma das melhores power ballads que ouvimos nos últimos anos. Sem ser demasiado lamechas, tem uma melodia muito bela e relaxante.

A “Symphony Of Life” que curiosamente não foi escrita por Tobias Sammet mas sim por Sasha Paeth também é uma das nossas preferidas pois é bastante original, tem uns arranjos modernos mas numa estrutura clássica e funciona muito bem com a voz cristalina de Cloudy Yang. Gostámos também muito da “Alone I Remember” onde Tobias troca o Power Metal pelo Hard Rock de uma forma inteligente e interessante.

Quem tudo quer, tudo perde. É um antigo ditado que pensamos encaixar bem naquilo que Sammet fez em 2010. Ao lançar 21 músicas divididas em 2 álbuns onde cerca de metade tem uma qualidade muito boa e onde a outra metade tem uma qualidade mais dúbia, permite-nos fazer vincar, novamente, que, se tivesse sido lançado um álbum com as 11 melhores músicas das 21, estaríamos perante um dos melhores álbuns de Power Metal de sempre. Como tal não aconteceu, estamos apenas perante um bom álbum dentro desse género.

Tracklist:
1. Stargazers
2. Angel Of Babylon
3. Your Love Is Evil
4. Death Is Just A Feeling
5. Rat Race
6. Down In The Dark
7. Blowing Out The Flame
8. Symphony Of Life
9. Alone I Remember
10. Promised Land
11. Journey To Arcadia

Músicas em Destaque:
Death Is Just A Feeling;
Blowing Out The Flame;
Symphony Of Life;
Alone I Remember;

Nota Final (1/20):
17

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