Análise: Bon Jovi - The Circle (2009)


Os Bon Jovi são uma das bandas que mais conseguem dividar as pessoas. Se muitos consideram-nos pirosos e demasiado lamechas, a verdade é que o colectivo é uma “máquina de fazer dinheiro” e já vendeu milhões de discos em todo o mundo. E nós, Rock Ends Rolling, que olhamos para as músicas de uma forma descomprometida com o facto de ser uma banda comercial ou undergound, declaramos que adoramos e respeitamos os Bon Jovi por serem uma banda que soube impor um estilo próprio que marcou o rock em todo o mundo desde “Slippery When Wet”, em 1986.

Contudo, e com base no último trabalho dos Bon Jovi, “The Circle”, temos que manifestar algum descontentamento com a banda. De facto, consideramos que os últimos 3 álbuns: este, o “Lost Highway” e o “Have A Nice Day” ficaram alguns furos abaixo do que a banda consegue fazer. Não acreditamos que a razão para este período menos inspirado seja o facto dos Bon Jovi estarem a querer fazer um som comercial e que venda bastante. A banda sempre teve um som comercial e não foi isso que fê-la lançar discos maus. “Bounce” de 2002 é, por exemplo, um álbum absolutamente bem feito. Achamos, simplesmente, que a banda perdeu o seu fulgor desde então. Se “Have A Nice Day” foi um álbum “morno” e sem grandes pontos fortes; se “Lost Highway” foi um álbum onde a banda tentou uma incursão no universo da Country Music que embora tenha apontamentos interessantes, não foi muito bem conseguida, este “The Circle” é, para nós, muito provavelmente o álbum mais fraco do colectivo.

E note-se: não é que as músicas sejam más. Longe disso, as músicas são todas bastante audíveis com a voz agradável de Jon Bon Jovi. O problema é que também não são nada de especial. Não dão singularidade à banda pois são algo muito normal e que nos transporta, quase sempre para lugares comuns.

Há detalhes interessantes em quase todas as músicas mas todas elas acabam por aborrecer-nos por serem pouco dinâmicas. Há uma tentativa de introduzir uma sonoridade mais rock do que em “Lost Highway” mas não o consegue fazer muito bem. Até o próprio Ritchie Sambora nos parece menos inspirado neste álbum.

Em “When We Were Beautiful”, talvez a faixa mais diferente do album, ouvimos umas guitarras a fazerem lembrar os U2 e com uma batida e coros a fazerem lembrar alguns ritmos africanos que achámos interessante. No entanto, nessa mesma música, a parte do vocalista Jon Bon Jovi, chegou-nos demasiado passiva e arrastada.

Destacamos as canções “Work For The Working Man”, “Superman Tonight”, “Live Before You Die” e “Happy Now”.

Apesar de um pouco desiludidos, temos que admitir que é positivo que os Bon Jovi se mantenham no activo e que vão criando mais discos.
Recomendamos a audição de “The Circle” a todos os que gostam da banda. Os que não gostam, afastem-se deste álbum pois não é o ideal para mudarem a vossa opinião.

Tracklist:
1. We Weren't Born to Follow
2. When We Were Beautiful
3. Work for the Working Man
4. Superman Tonight
5. Bullet
6. Thorn in My Side
7. Live Before You Die
8. Brokenpromiseland
9. Love's the Only Rule
10. Fast Cars
11. Happy Now
12. Learn to Love

Músicas em Destaque:
Work For The Working Man;
Superman Tonight;
Live Before You Die;
Happy Now;

Nota Final (1/20):
13

3 comments:

André Luiz said...

eu gosto muito de bon jovi porem parece que realmente o grupo vem perdendo a caracterisca de pegada que eles tinham em até 1995
de la paracá tem tido muitos altos e baixos nas composiçoes

André Luiz said...

the circle porece algo que ja tinhamos visto antes algo tentando ser novo porem soa não tão bom como o velho bon jovi de 1984 até 1995 para min a melhor fase

H. said...

Concordamos com os seus comentários. Os Bon Jovi são uma banda que muito respeitamos mas que parecem ter saído da rota de sucesso que assinalaram na época que refere (1984-1995).

Obrigado pelo seu comentário.