Análise: Avenged Sevenfold - Nightmare (2010)


Nightmare marca o regresso dos Avenged Sevenfold aos lançamentos depois do aclamado álbum homónimo de 2007, que colocou o colectivo de vez na rota do sucesso, e da conturbada morte do excelente baterista Jimmy “The Rev” Sullivan, em Dezembro de 2009.

Para o lugar de Jimmy, a banda chamou Mike Portnoy, um talento inegável atrás dos timbalões, mais famoso por ser o virtuoso baterista dos também virtuosos Dream Theater. Portnoy era também um ídolo de Jimmy portanto acabou por ser uma homenagem ao falecido “The Rev” o convite de Portnoy por parte da banda. Tal como “The Rev”, Portnoy é exímio nas baquetas. O mesmo pode ser dito do guitarrista Synyster Gates que destila qualidade na abordagem que faz a cada uma das músicas. Da nova geração de guitarristas, arriscamos que é provavelmente o mais interessante, ao conjugar uma boa técnica com uma harmonia invejável.

Analisando as músicas concretamente, temos que admitir que ficámos deliciados com as primeiras faixas do álbum! “Nightmare”, “Welcome To The Family” e “Danger Line” – especialmente esta última – abrem o álbum de forma exímia. Com um metal rápido e enérgico que tem contagiado fãs de ano para ano, os Avenged Sevenfold seguem neste trabalho a linha que lhes granjeou sucesso com o álbum homónimo de 2007 mas introduzindo, aqui e ali, novas e refrescantes ideias e inspirações. Em “Danger Line”, por exemplo, é óbvia a referência ao power metal.

Porém, se o início é perfeito, parece que é a partir da quarta faixa “Buried Alive” com um solo de guitarra inicial a fazer lembrar Metallica, que as coisas se tornam menos geniais e menos surpreendentes. Não que “Buried Alive”, “Natural Born Killer”, “So Far Away” ou “God Hates Us” sejam más músicas. Simplesmente não são tão boas. “Victim” volta a ser um ponto alto mas são a “Fiction”, que nos remete para uma sonoridade semelhante a Muse, e “Save Me” que permitem-nos assegurar que estamos perante um álbum muito bom e obrigatório. Esta última, com quase 11 minutos de duração, é uma das melhores do colectivo e tem que ser adorada por qualquer pessoa que diga que gosta de metal!

Como nota menos positiva deste álbum tão interessante, podemos admitir que talvez preferíssemos que existissem menos baladas – não que tenhamos nada contra baladas, adoramos baladas! – mas sim porque 3 baladas seguidas num álbum duma banda de metal, quebra um pouco a energia que se procura num colectivo como os Avenged Sevenfold. Ainda assim, aplaudimos a introdução de novos elementos que permitiram à banda ir mais além.

Aquilo que mais gostamos nos Avenged Sevenfold é que eles têm uma rara capacidade em misturar muita coisa e saírem bem sucedidos com isso. O som é metal, a atitude é rock. Há preocupações com os coros que conseguem polir as partes mais pesadas das músicas. As secções de bateria estão perto da perfeição e os solos de guitarra são absolutamente bem concebidos.

Podem ser a banda da "modinha" mas não é por isso que gostamos deles... Gostamos deles porque são bons e fazem boa música, com cuidado e talento.


Tracklist:
1. Nightmare
2. Welcome To The Family
3. Danger Line
4. Buried Alive
5. Natural Born Killer
6. So Far Away
7. God Hates Us
8. Victim
9. Tonight The World Dies
10. Fiction
11. Save Me

Músicas em Destaque:
Danger Line;
Save Me;
Fiction;
Victim;
Welcome To The Family
Nightmare;

Nota Final (1/20):
18

1 comment:

Unknown said...

Olá!
Chamo-me Cris e encontrei hoje o teu desafio "Escrita Criativa". Porém, esse desafio foi proposto em Julho de 2011 e eu gostaria de participar se isto ainda existe, ou se já acabou.
Podes contactar-me para o meu e-mail: rodinhas.de.fogo@gmail.com
Obrigada,
Cris Henriques